Bocas e trombones

Sabe quando você vê um DVD na locadora, o aluga e o filme decepciona? Sabe quando você vê um livro e, pela capa, não se interessa pela história? Estamos acostumados a julgar e a criticar pelo que vemos - pior, pelo que não vemos - e os olhos se tornam juízes impiedosos, muitas vezes enganados.
Vamos trocar os livros e DVDs por gente de verdade. Não existem pessoas que podemos alugar os sentimentos com uma carteirinha e ainda com promoções nas quartas-feiras, existem? Acabamos pisando na bola legal, guiados pura e simplesmente pelo que nossos olhos (ou nosso egoísmo, orgulho ou mágoa) acusam, acabamos por excluir de nossa história, quem sabe, algo que jamais recuperaremos - ou não, e esse é o grande problema: como saberemos? Isso tudo significa que ainda não estamos aptos a sair por aí disparando nossas impressões por quem estiver na frente.

Tudo na teoria parece simples pra caramba! Agora responda rápido: quem nunca foi julgado injustamente? quantas vezes já espalharam por aí mentiras e fofocas a seu respeito? Se você respondeu "não", "nenhuma", ou coisa parecida, posso constatar que ou você não vive - vegeta, ou que você simplesmente não sabe! Pode parecer cruel, mas é inevitável: o tal do "quem está na chuva é para se molhar" funciona mesmo, e como funciona! Muitas vezes até quem nem "colocou seu cavalo na chuva", sai molhadinho da silva (!).

E agora José? Ah, agora não é nada e é tudo. Não é nada porque infelizmente não podemos fazer muita coisa. Quem se propõe a abraçar suas verdades, dentro ou fora de uma Igreja, faculdade, escola, trabalho, etc., tem que se expor. Não dá para deixar para ser você mesmo só quando ninguém estiver olhando. E é tudo porque felizmente também não podemos fazer muita coisa! A não ser seguir firmes, fiéis ao que acreditamos. Se fizermos algo para revidar ou para provar o contrário do que os olhos/juízes dos outros dizem, acabamos nos alterando, mudando quem somos na verdade.

E que ninguém venha se valer deste post para justificar-se com a Gabriela: "eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim e vou ser sempre assim". Fechar-se para as críticas é pior do que respondê-las. Percebam, crítica não significa julgamento. O lance é saber receber o que é passado com humildade e inteligência, e não como bronca. Pessoas que gostam das outras não querem vê-las no erro, não é assim? Sejamos autênticos, coerentes, humildes para crescer uns com os outros e não diminuir quem está no mesmo barco, pois quando este afunda...

Valeu!

Davi Ferreira

2 comentários:

  1. É necessário e importante as críticas, pois sem elas não podemos crescer como seres humanos. Mas como tudo na vida o bom senso cai bem, pois se não o usamos quem amamos se afasta de nós e recuperá-las depois é complicado. Porém, quem as recebe (críticas) deve saber compreender quando elas são feitas para o nosso bem e crescimento ou declínio. Entrentanto, os críticos devem ser também muito observadores para saberem criticar na hora, local e momentos adequados. Me considero uma pessoa muito crítica, e quem me conhece sabe disso, me condenando muitas vezes por isso, inclusive já vi pessoas que amava sairem da minha vida por isso, mas não deixei de ser crítica por causa delas, apenas me aperfeiçoei e melhorei minha maneira de criticar alguém ou alguma coisa. E as maiores demonstrações de afeto que posso oferecer a elas, são as minhas críticas, pois eu acredito que através delas se não conseguimos mudar o mundo podemos melhorar aqueles que estão a nossa volta, e principalmente nós mesmos. O melhor da crítica ao meu ver é ela nos possibilita amadurecer, mudarmos de opinião e principalmente melhorar a nossa cultura, desde que seja feita com sabedoria.

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  2. São Paulo nos diz: Aquele que está de pé cuide para que não caia...

    Neste domingo da misericórdia tenho em mente que o Senhor tinha todas as razões para nos criticar e não o fez, nos amou.

    Quem estava caído Ele levantou, e para aqueles que julgavam estar de pé Ele disse algumas verdades.

    Sim a verdade dói e, às vezes, a chamamos de crítica.

    As Misérias de meu "Córdis" me ajudam a olhar o outro não de cima, mas como um igual.

    As Misérias de meu Coração me ajudam a perceber que sempre dá prá melhorar mais um pouquinho.

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