Play/Pause

Durante muitos posts, conversamos sobre seguir em frente, não desistir, sermos "teimosos" e insistentes no que acreditamos e tal... mas hoje a proposta é diferente. Vamos puxar o freio um pouquinho e perceber que nem sempre não estarmos caminhando significa que estamos parados.

Sabe aqueles momentos em que você precisa virar a mesa e arrumar tudo de novo? Ou ainda, quando você decide que o mundo pode sobreviver sem você e que, por isso, vai se dar uns dias de folga? Dá-se um freio, o mundo gira, você para e o que muda? MUITA COISA! Aí você se dá conta de que sim, o mundo não é o mesmo sem você. Desde a sua mamãe querida até as pessoas que nem sequer passaram pela sua mente, de alguma forma sentem sua falta durante sua pausa, durante o tempo em que você esteve "parado".

Temos uma tendência forte ao exagero, quando se trata de nós mesmos. Por isso, um momento de solidão pode soar como rejeição para mutos, isolando e autoexcluindo. Mas o que acabamos esquecendo é que ninguém vive sozinho! Isso mesmo, aspira, em nossa caminhada vamos conhecendo inúmeras pessoas diferentes que vão nos marcando e que nós também vamos marcando.

Quando sujo minhas mãos de nanquim, lembro bem ao olhar a mancha o que a causou. Quando as pessoas retomam suas marcas, também lembram de você. E te buscam. Não se culpe por não estar à disposição quando isso acontecer, o momento da parada é importante, desde que não seja por completo: pare, repense, pondere... mas não deixe de agir, não deixe de viver.

O mundo vai cobrar isso: por onde você andou? Talvez não seja ao mundo que você deva se explicar, desde que você não se cobre isso também. JC, o parceirão, não vai te cobrar nada. Entenda que o seu momento é seu, mas que os frutos dele não são, os frutos são para repartir, são para marcar. Viva sua pausa, sem stress, desde que não seja em vão, sem perdas de tempo, mas ganho de vida interior. Repito: JC não vai querer suas explicações, não por crueldade ou abandono, mas porque simplesmente mesmo na sua pausa e no seu isolamento, Ele não vai te deixar totalmente só.

Isso é o bastante.

Valeu!

Davi Ferreira