Do fim ao início

Eu sou incompetente! E você também! E que isso não seja visto com maus olhos, mas vamos olhando de frente para chegar onde pretendo.

A princípio achava que esse era um problema meu, mas hoje vejo não como um problema, mas como algo que renova minha esperança. O fato é que parece que precisamos estar à beira do fundo do poço para encontrarmos força e a solução para os problemas, sacou? Precisamos do desespero para dar valor à esperança, precisamos descer para saltar mais alto.

Quando eu era moleque, assistia Os Cavaleiros do Zodíaco como minha mãe assiste à novela das nove. E por mais que houvesse 12, 7, 88 ou 108 inimigos para os heróis, sempre no último momento, quase no fim de tudo... tchanam! Lá vem o cavaleiro do bem com armadura nova e vence todo mundo! Fim!


Embora muito – ou mesmo tudo – na saga supracitada seja mera imaginação e muito absurdo, vale à pena se pôr no lugar do tal do Seiya. Quantas vezes nós nos vemos em nossos problemas sem nenhum sinal de solução, perdendo feio a batalha mesmo, para criarmos coragem e vencermos o raio do problema com a tal da “armadura” nova?


Tá, mais que proteção poderosa é essa? Que força é essa que, na real, vai nos levantar no último momento? Vale um doce para quem acertar! Não tem outro jeito, só pode ser Deus, que de novo nos acolhe e nos defende. Não importa quantas vezes caiamos, quantos sejam os “inimigos da saga”, Ele não desiste de nós e nos espera de braço estendido e sorriso no rosto.


Aí chego na “incompetência” do início. Sacou como mesmo já sabendo que JC tá com a gente e não abre, insistimos em ir pra batalha com a cara e a coragem de teimosia, só pra cair? E novamente no último momento, beirando o desespero, somos salvos não da mesma forma, mas cada vez com amor e acolhimento maiores, simplesmente porque somos amados por esse cara. Velho, isso é tudo.


Valeu!

Davi Ferreira