Ano passado, o mundo acompanhou - e compartilhou - países do Oriente Médio passarem por grandes mudanças, ditaduras de anos sendo questionadas e combatidas, vejam vocês, via twitter e facebook. Teorias da conspiração sobre o episódio à parte, fato é demoramos mas estamos aos poucos percebemos que temos meios para sermos ouvidos - e vistos.
O vídeo Kony 2012 gerou polêmica como o maior viral da história do youtube - e posteriores investigações à cerca de seus objetivos solidários. Seja como for, o mundo parou para vê-lo. Em seis dias, 10.000.000 de views só no vídeo original. Enquanto isso, por aqui, nós brasileiros não ficamos de fora! Os recentes twittaços marcam dia, horário e elegem uma hastag que será sua bandeira de protesto.
Em todos esses casos, independente da minha e da sua opinião sobre as questões levantadas por cada um deles, temos que concordar que as ferramentas usadas foram as que nós temos: as redes sociais. E funcionou, mesmo que muitas vezes o objetivo de um protesto online não seja atingido (e francamente, é o que acontece na maioria das vezes), ao menos o silêncio não triunfou. Temos voz, podemos e precisamos usá-la para ecoar o que acreditamos, questionar o que não entendemos e denunciar o que nos sufoca. É hora de fazer barulho, de ser sal e fazer a diferença, não é assim?
Que as Luízas do Canadá, os memes e as paródias "Para Nossa Alegria" não se sintam envergonhados de terem sido compartilhados. A diversão e a brincadeira faz parte da vida da galera, seria hipocrisia e falso moralismo condenar quem se diverte, pior que isso: por em cheque a inteligência da população. Já fomos mais inteligentes? Já fomos mais reprimidos, menos livres e mais medrosos. Mais inteligentes, a História prova que não. E os cliques também.
Valeu!
Concordo com a essencia da ideia Davi, mas a palavra arma usada de duas formas diferentes me levara a refletir algo que está em segundo plano em seu post.
ResponderExcluirÉ verdade, antigamente os revolucionários pegavam em armas para serem ouvidos. Porque alguém lutou lá atrás, podemos gritar hoje.
A liberdade tem que ser conquistada, geralmente quando vem de mão beijada não é bem utilizada.
Neste sentido não acho que tuites e joinhas sejam armas, são no máximo parte de uma midia mais independente (como essa com a qual trocamos ideias, o blog), por onde veiculamos nosso ponto de vista. E isso é uma coisa grande por si só.
Porém, tenho medo da Revolução do Sofá, da Revolução da Camiseta, quando no máximo rastejamos na lama em um acampamento e depois voltamos para a nossa vida cotidiana, tá ligado?
A mobilização é importante, posicionar-se de modo que os outros conheçam no que você acredita. Contudo, cedo ou tarde, temos que partir para algo mais concreto, derramar sangue se for preciso!
Afinal, não foi isso que celebramos semana passada? Jesus que não morre de desastre de camelo numa esquina de Jerusalém, Jesus que não morre de disritmia cardíaca aos 99 anos de idade. Celebramos Jesus que morre acusado de ser um agitador subversivo, que foi justificado por Deus Pai que lhe devolveu a vida.
E mais, aqueles que vieram depois dele seguiram o mesmo caminho. Não pegaram em armas, mas derramaram sangue. No Novo Testamento é chamado santo todo aquele que adere a Jesus Cristo pelo batismo, de modo que os mártires é que começaram a ser venerados, e não os santos.
Que santidade buscamos? Que ideias damos vazão? Até onde eu iria para provar minha santidade e defender aquilo que acredito?
Mova-se com Deus.
Olá, Alexandre!
ExcluirMais um comentário genial, muito lê-lo por aqui.
Com certeza é preocupante uma "revolução" que só se mostra atrás de monitores ou sem ações efetivas. Talvez pior que omitir-se seja fingir engajar-se.
Mas não podemos esquecer que a partir dos meios digitais muita coisa pode ser feita. A PARTIR, não SOMENTE.
Cristo derramou seu sangue, antes Ele espalhou Sua mensagem, não apenas por palavras, mas principalmente por ações concretas.
Obrigado mais uma vez por colaborar com o blog,
#tamojunto